Perante problemas cada vez mais complexos, as lideranças têm de ser cada vez mais partilhadas de colaborativas. É a nova lei da sobrevivência, diz Rui Marques. O dinamizador do Fórum Governação Integrada ligou prática à teoria e doutorou-se a dizer como isto se faz.
Rui Marques chegou ao tema da tese de doutoramento em Sociologia Económica e das Organizações pela prática: como Alto Comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural e coordenador nacional do Programa Escolhas, desenvolveu uma liderança partilhada que ainda hoje está no terreno. Daí até à elaboração do conceito de governação integrada para resolver problemas complexos foi um passo teórico. Uma metodologia para resolver questões muito práticas.
O que é isto da governação integrada?
Perante problemas que são difíceis de resolver porque são transversais, estão sempre a mudar, que têm um grau de resistência muito grande, torna-se evidente que soluções de ‘cada um por si’ não funcionam. Temos de construir, desenvolver e manter relações de colaboração entre instituições para abordar problemas complexos.
Como na governação em rede? Mais do que isso: a rede é um meio, mas a integração, a coerência e convergência de esforços é o fim que se pretende atingir. Novas soluções passam por novas actuações. Colaborar não é fácil, não é intuitivo nem automático, pelo contrário. As organizações e as pessoas só colaboram quando precisam. Por isso tem de se criar essa consciência de que é necessário colaborar. Sem colaboração não temos futuro.
Colaborar não é fácil, não é intuitivo nem automático, pelo contrário. As organizações e as pessoas só colaboram quando precisam. Por isso tem de se criar essa consciência de que é necessário colaborar.
Rui Marques
Ver entrevista completa em: https://www.publico.pt/2017/12/19/politica/entrevista/so-vao-sobreviver-aqueles-que-souberem-colaborar-1796292
Comments