Uma das experiências que sempre me impressiona vivamente é o reencontro com Ubuntus, um pouco por todo o mundo, como experiência de ver amanhecer. Visitei recentemente o Quénia, onde temos cerca de 300 jovens líderes Ubuntu, que se formaram no âmbito do projeto Go Blue, liderado pelo Instituto Camões, do qual o IPAV - Instituto Padre António Vieira é parceiro, num projeto excelentemente liderado pelos nossos companheiros Rui Nunes da Silva, Mónica Rocha e Melo, bem como pelo Harry e pela Queen.
Ouvi, nos vários encontros que celebrámos, testemunhos corajosos e comprometidos com a construção de um mundo melhor. Nos seus discursos surgia de uma forma muito viva, a enorme preocupação com o impacto das alterações climáticas e o compromisso com a ação climática.
Os efeitos no Quénia, dos últimos quatro anos de seca, assustam-nos a todos. Mas os Ubuntus não ficaram parados. Recordo em particular, a nossa líder que lançou mãos à obra e, num projecto de desenvolvimento comunitário, tem promovido a plantação de mangais, num contributo para o sequestro de carbono e para o combate aos efeitos negativos das perturbações climáticas. São já milhares de árvores plantadas mostrando que é possível agir.
Um outro exemplo que me marcou, em Mombasa, foi exemplo de jovens líderes Ubuntu, raparigas muçulmanas na sua maioria, no desenvolvimento de iniciativas de combate às tentativas de radicalização de jovens, a partir de interesses jihadistas presentes na costa oriental de África. O seu exemplo - enquanto mulheres e enquanto Ubuntus - é uma inspiração para todos nós.
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