Esta canção foi composta num campo de concentração, por Fritz Lohner-Beda e Hermann Leopoldi. Em Buchenwald ressoava então, contra toda a escuridão desse tempo terrífico, esta letra:
“Ah Buchenwald nunca te irei esquecer,
O meu destino o quis assim.
Só quem se libertou pode saber
A maravilha que é ser livre enfim!
Ah Buchenwald, nem uma voz será ouvida,
Sem lamentos aceitamos o que virá,
Apesar de tudo, dizemos sim à vida,
Seremos livres: o dia chegará!
(….)
E a noite é breve, o dia fim não tem,
Mas ouve-se um cantar vindo da terra-mãe:
Ninguém nos tira o ânimo e a esperança.
Não percas a coragem, camarada, aguenta,
Nós trazemos no sangue o apego à vida
E no fundo da alma a nossa crença.
Ah Buchenwald, nunca te irei esquecer…”
Hoje que não vivemos nada que se pareça, vale a pena deixarmo-nos inspirar por esta memória para fazer face às adversidades com que, porventura, nos vamos cruzando. “Ninguém nos tira o ânimo e a esperança”…
(Poema publicado no livro “Dizer sim à vida apesar de tudo, que reúne alguns discursos de Viktor Frankl, da Pergaminho)
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