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  • Writer's pictureRui Marques

A aposta em melhores relações para melhor serviço público

No fim do dia, o que conta é a qualidade das relações. Passar do déficit relacional para um forte capital relacional pode inspirar uma nova narrativa para o Serviço público, da qual emerja o “Estado relacional”.


Nos últimos meses, temos tido o privilégio de trabalhar de perto com o IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional e com o ISS – Instituto de Segurança Social, este novo conceito “Melhores relações para melhor serviço público”. Numa análise multidimensional (Melhores relações com os cidadãos, dentro das equipas, entre departamentos, multinível, com outros departamentos do Estado ou com organizações da sociedade civil) e usando como metodologia a Teoria da Mudança, temos vindo a trilhar caminho em direção a um “Estado Relacional”.


Como nos lembra David Robinson, do Relationships Project, “acreditamos que tudo funciona melhor quando as relações são valorizadas; as pessoas podem ficar mais felizes e mais saudáveis, as organizações e serviços tornam-se mais eficientes e mais eficazes; as comunidades tornam-se mais fortes e mais resilientes. É por isso que trabalhamos com outros para tornar mais fácil para cada pessoa, serviço ou organização colocar as relações no centro do que fazem.”


Uma outra voz muito relevante na defesa desta visão é a de Hillary Cottam. Autora do livro “Radical Help”, defende que “O que precisamos é de um Estado Social verdadeiramente eficaz, que desenvolva a capacidade de ter serviços que sejam construídos na base das relações e que as valorizem. Temos uma realidade em que a solidão ou o isolamento matam. Para encontrar um emprego, por exemplo, o que precisamos é de estar uma rede social, pois 80% dos empregos nunca foram publicitados; o que realmente precisamos é de alguém que esteja ao nosso lado, quando crescemos numa comunidade em que não existe acesso a trabalho digno, ou que se confronta com os problemas da violência, depressão ou ansiedade e tudo o que daí decorre. Chamo a isso "Estado social relacional"”.


Proponho-lhe um Ted Talk, de Hillary Cottam, no qual explica muito bem como as relações fazem toda a diferença.



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