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  • Writer's pictureRui Marques

Dire(i)to ao Futuro


Apresentação do livro de Jorge Moreira da Silva


Tive ocasião de regressar hoje à Gulbenkian, para comentar o novo livro de Jorge Moreira da Silva, "Dire(i)to ao Futuro". Uma obra importante de um politico português, que hoje ocupa uma missão de grande relevância no OCDE, na direção da cooperação internacional e que merece toda a atenção. O livro, que resulta da coleção dos seus artigos desde 2017, permite uma abordagem a vários temas cruciais da atualidade desde a ajuda ao desenvolvimento à agenda climática, ou dos refugiados à distribuição (injusta) das vacinas. Um dos temas que abordam no texto de enquadramento da obra, é a liderança servidora. Cito um excerto que vale a pena recuperar:


No fundo, precisamos de líderes servidores. Líderes que assumem que o seu objetivo principal é servir os outros; que colocam as aspirações dos cidadãos em primeiro lugar e que medem o seu êxito pelo impacto alcançado na vida das pessoas. Este é o único modelo de liderança compatível com os desafios da Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável.
Que se orienta, sempre, por um quadro de valores e de princípios – integridade, transparência, independência, respeito, trabalho, justiça – e não pela leitura conjuntural das circunstâncias. Que não vive a política como um vício ou um jogo e que a encara como uma missão e não como uma adição. Que resiste ao deslumbramento. Que dispõe de um caráter forte, associando ao carisma uma verdadeira liderança moral e uma profunda consciência do interesse da comunidade. Que ausculta, em permanência, as preocupações dos cidadãos, mas que tem coragem para dizer, sempre, aquilo que é verdade, ainda que inconveniente, e não aquilo que o público quer ouvir. Que tem coragem para tomar decisões difíceis e impopulares, fazendo sempre prevalecer o interesse comum, e não o interesse individual ou partidário. Que está focado na melhoria do bem-estar das pessoas e não no seu próprio êxito. Que tem uma visão de longo-prazo, transcendendo o horizonte temporal do seu mandato. Que, defendendo sempre o interesse nacional, é portador de uma visão cosmopolita, aberta e global."
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