A vida vai-me proporcionando o enorme privilégio de conhecer pessoas extraordinárias. Umas que são perfeitos anónimos e que poucos conhecem e outros que se tornaram figuras públicas com grande destaque global. Todas elas imperfeitas, todas elas notáveis. Entre estas, marcou-me significativamente o ter tido oportunidade de conhecer Kaylash Sathyarti, Prémio Nobel da Paz 2014.
O facto de ter recebido o Prémio Nobel da Paz no mesmo ano de Malala ofuscou-o do conhecimento público. Este indiano, de 69 anos, tem desenvolvido um trabalho notável no combate ao trabalho infantil e na defesa do direito universal à educação. Com a sua equipa, libertou mais de 86.000 crianças do trabalho infantil e do tráfico humano, numa actividade de elevado risco pessoal. Em 98, organizou a Global March against Child Labour, que envolver 103 países para colocar na agenda a exigência do fim de todas as formas de trabalho infantil.
Tivemos a sorte de contar com a sua colaboração com um dos convidados especiais do Ubuntu United Nations 2021, em que inspirou os jovens líderes de todo o mundo que participaram nessa iniciativa. Mais tarde, na tomada de posse de José Ramos Horta como presidente de Timor-Leste, em Maio de 2022, tivemos a sorte de nos encontrarmos pessoalmente e de perceber a sua força de carácter e a bondade que o move. O seu exemplo - com certeza com defeitos também, como é próprio de humanos - é uma inspiração.
Um dos documentários que nos pode inspirar é “The price of free” (com legendas em português) em que se pode observar como desenvolve o seu trabalho.
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