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  • Writer's pictureRui Marques

Uma questão de perspetiva - vermos para além do que estamos a ver

Encaixa que nem uma luva no tema deste mês - Sair da ilha, para ver a ilha - a questão da perspetiva. PJ Milani é um excelente mestre que, através da ilustração, nos ajuda a compreender conceitos relevantes. A consequência da perspetiva é um deles.


1️⃣ Escolha dimensões diferentes do mesmo objecto e poderá criar a perspetiva de profundidade. A distância entre os objectos fica tanto mais curta quanto mais afastados estão.


2️⃣Independentemente do tamanho do objecto, os que estão posicionados em cima parecem estar atrás e os que estão posicionados em baixo parecem estar à frente.


3️⃣ As sombras podem dizer-nos muito sobre como se situa o objecto no seu contexto.


Contudo, à questão da perspetiva soma-se também a necessidade de aprender a ver a partir de vários pontos de vista e de ver tudo até ao fim, sem pressas.


Este anúncio do The Guardian foi emitido em 1986 e chamava a atenção para a importância de dar as notícias completas para não enganar/manipular o leitor. Quase sempre decorre do ponto de vista, a resposta que damos a um “facto”.


Finalmente ainda a propósito das diferentes perspectivas e vários pontos de vista, aproveito para recuperar um dos álbuns notáveis de Leonard Cohen, o "Various Positions", que alguns interpretam como sendo uma referência às diferentes posições emocionais e espirituais que as músicas do álbum exploram. O título foi inspirado numa frase que Cohen usou numa entrevista, na qual disse que estava "em várias posições ao mesmo tempo".


O álbum foi lançado em dezembro de 1984 e inclui algumas das canções mais icónicas de Cohen, como "Dance Me to the End of Love", "Hallelujah" e "If It Be Your Will". As músicas abordam temas como amor, morte, espiritualidade e redenção, explorando diferentes perspectivas e pontos de vista.


Proponho-vos uma interpretação ao vivo de “If it be your will" que nos deixou num dos seus últimos concertos, em Londres, em que depois de declamar alguns dos versos do poema, sai de cena, passando a ter uma outra perspetiva da sua música, como quem vê/ouve de fora… talvez para perceber melhor a sua “ilha”.


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